Escravidão na interseccionalidade de gênero e raça: um enfrentamento necessário

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Organizadoras:

Luísa Nunes de Castro Anabuki
Lys Sobral Cardoso

Ano: 2023

ISBN: 978-65-89468-31-8 (digital)

DOI: 10.51366/978-65-89468-31-8

Apresentação:

Em uma sociedade de herança escravocrata esta nefasta violação aos Direitos Humanos se evidencia de forma naturalizada, mais das vezes no campo, outras nas cidades, e, ainda, nos lares e nas famílias brasileiras, no viés do trabalho escravo doméstico, em que as violações são dirigidas, de regra, à população negra.

A mulher negra é a mola propulsora da família brasileira sob a ótica da colonialidade. Na invisibilidade dos trabalhos nos lares, nos cuidados dos infantes e da alimentação, se viu e se vê posicionada nesta condição, seja nos serviços prestados às famílias nas quais a mulher branca pretendeu e alçou sua emancipação, seja nos próprios lares e famílias.

Nesta obra, sob diversos olhares e enfoques nos deparamos com análises críticas, jurídicas e sociológicas sobre as mazelas do Trabalho Escravo, com o propósito de alertar a sociedade sobre a premente necessidade do enfrentamento e da eliminação.

E-book (PDF)

 

Sumário
 
Prefácio

José de Lima Ramos Pereira

Introdução

Luísa Anabukie e Lys Sobral Cardoso

Análise do poema “Eu não queria ser feminista!”, de Tawane Theodoro: traços de interseccionalidade do corpo feminino

Alessandra Ribeiro Queiroz, João Vítor Sampaio de Moura e Lucélia Cristina Brant Mariz Sá

Trabalho escravo contemporâneo e gênero: quem são as escravizadas em nível mundial e no Brasil?

Luciana Paula Conforti

Reflexões analíticas acerca dos dados de trabalho escravo e gênero

Natália Suzuki

Escravidão colonial e contemporânea no Brasil: dois modos de uma mesma indignidade

Xisto Tiago de Medeiros Neto

Mulheres negras no mercado de trabalho: uma leitura da obra de Carolina Maria de Jesus

Nathália Mariel Ferreira de Souza Pereira

A coartação e o protagonismo das mulheres de cor: a polissemia das resistências em Minas Gerais do Século XVIII e XIX

Daniela Muradas Antunes e Ana Luísa Mendes Martins

Discriminação racial nas relações de trabalho: postulados para a construção de uma sociedade antirracista

Débora Penido Resende e Laura Ferreira Diamantino Tostes

Apropriação cultural e epistemicídio: a invisibilidade do negro na sociedade brasileira

Júlia Santos Gomes e Letícia Canuto Albuquerque

A permanência da senzala na casa grande: o mito da democracia racial no trabalho escravo doméstico

Lívia Mendes Moreira Miraglia e Humberto Monteiro Camasmie

Trabalho escravo doméstico: o perfil social das vítimas resgatadas pela Inspeção do Trabalho

Maurício Krepsky Fagundes

A invisibilidade do trabalho escravo doméstico no Brasil: reflexões sobre o papel do afeto

Marcela Rage Pereira

Precarização do trabalho: estrutura facilitadora da escravização do trabalho doméstico

Shirley Silveira Andrade

Gênero, raça e trabalho doméstico: babás

Anna Letícia Martins

Trabalho doméstico, racismo e gênero: a necessidade de alteração do arcabouço jurídico-institucional brasileiro para a erradicação do trabalho doméstico análogo ao de escravo

Gabriela Piai de Assis Mesquita e Rodrigo Octávio de Godoy Assis Mesquita

A invisibilidade do trabalho análogo ao escravo no emprego doméstico feminino brasileiro: uma questão estrutural irresoluta em vias de progresso

Emanuelle Mascarenhas Cardoso

Trabalho doméstico e a mulher negra: o legado da escravidão e a função social do trabalho

Evelyn Tomi e Kevin Tomi

De escravas a empregadas domésticas: a desigualdade de gênero e raça presente no trabalho doméstico no Brasil

Luanna da Silva Figueira

Trabalho doméstico: a linha tênue entre o pacto de silêncio e a escravidão

Marcela César do Nascimento

Subalternidade e desvalorização da trabalhadora doméstica brasileira: uma leitura sobre raça, gênero e classe

Débora Cristina da Cruz Cordeiro e Semírames de Cássia Lopes Leão

Trabalho infantil doméstico enquanto expressão das “desigualdades invisíveis”: reflexões a partir da realidade de Porto Alegre e Região Metropolitana

Carolina Menezes Cardoso e Ana Paula Motta Costa